
Lisboa é certamente a mais encantadora cidade da Europa e conserva até hoje as suas tradições e construções mais antigas, apesar dos terremotos que assolaram a região em diferentes épocas da sua história. Um dos principais terremotos acontecidos em Lisboa foi em 1755 no qual morreram mais de 30 mil pessoas e grande parte da cidade baixa foi destruída, inclusive todos os monumentos.
Desse terremoto só se salvaram o Bairro Alto e Alfama, juntamente com o Castelo e o que sobrou de Mouraria e a Madragoa compõem o que se chama de parte antiga de Lisboa. A cidade foi totalmente reconstruída pelo Marquês de Pombal e seguiu as regras e concepções urbanísticas do Iluminismo.
A Avenida da Liberdade, principal via pública de Lisboa manteve suas largas calçadas formadas por mosaicos azuis e ornamentadas por árvores e fontes de águas. Um belo jardim fica no alto dessa avenida onde se encontram vários cafés ao ar livre. Depois do terremoto de 1755, a maior parte das igrejas foi totalmente restaurada. Algumas ficaram intocadas como a igreja do Carmo, do século XIV, mas foi destelhada e acabou virando um museu arqueológico.
Na verdade esse terremoto foi seguido por um maremoto e um incêndio de vários dias que destruiu Lisboa deixando 120 mil mortos. Foi a determinação do Marquês de Pombal que reconstruiu a cidade inteira nas décadas seguidas e acabou se tornando peça-chave do iluminismo português.
A destruição foi tanta que cinqüenta e cinco conventos e mosteiros ficaram danificados, cais afundaram e o palácio real foi totalmente destruído. As igrejas desabaram nas missas. Uma destruição inimaginável. Com a célebre frase, “Enterrem os mortos e alimentem os vivos” foi que se teve inicio a reconstrução de Lisboa. Marquês de Pombal baixou três atos. O primeiro era para recolher os mortos para evitar as doenças; o segundo era para impor preços ao pão e assim alimentar as pessoas e o terceiro era para impor a ordem pública.
E como a cidade teria que ser reconstruída, começou a abrir oportunidade de negócios para engenheiros e arquitetos. Foi então que o Marquês de Pombal chamou os engenheiros portugueses para oferecer uma solução para o problema. O novo projeto de Lisboa era mais saudável e sanitário para a cidade; uma verdadeira revolução após a catástrofe.
Com a desapropriação das terras dos nobres e a expulsão dos jesuítas e mais o ouro provindo das colônias, Marquês de Pombal reconstruiu Lisboa e fez com que a cidade se tornasse bela e referencia Iluminista em toda a Europa.
Fotos: Arquivo Pessoal
eu gostaria de saber mais curiosidades sobre lisboa. acho que as informaçoes sobre os terremotos tomaram muito espaço.
Olá Isabella Cunha, obrigada por participar do nosso blog 🙂
Sugiro uma visitinha ao site abaixo onde vc encontrará milhõessssssssss de informações sobre Lisboa:
http://www.strawberryworld-lisbon.com/lisboa/essential/index.html
😉
Ora eu acho que estamos a precisar de um novo Marquês de Pombal, mas sem terramoto atenção, se bem que muitas vezes é necessário uma crise, uma desgraça para meter mãos á obra. Lisboa é uma das cidades mais bonitas de Europa e quiçá do mundo, tem todo o potencial para isso, mas infelizmente, vejo a minha cidade por vezes desaproveitada, degradada e de costas voltadas para o Tejo. Já foi pior, mas podia ser muito melhor…
Muito boa esta matériacurta porém muito didática é possível comprrender todo o processo. Parabéns